segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A eleição na Assembleia Legislativa do Piauí

A eleição da Mesa da Assembleia Legislativa, ao tempo em que passa ao largo do interesse popular, se reveste de exponencial significação para o estado. A vitória do atual presidente, Themístocles Filho, é sintomática. Esses dois fatores podem ser entendidos de diferentes formas. Cada pessoa compreende conforme sua visão, cultura, interesses etc, etc, etc.

Há algum tempo, há quase 30 anos, não há disputa tão apertada para presidente. Themístocles, do PMDB, derrotou Fábio Novo, do PT, com 16 a 14 votos. Antes, o consenso prevalecia. Um consenso forçado, com a interferência do chefe do Poder Executivo, o arrecadador do dinheiro público.

A nova Assembleia assume com renovação de 46%, embora boa parte desses nomes seja representativa de políticos experimentados. Mesmo assim, é um sinal de alguma mudança, ainda que não profunda.

O Poder Legislativo é o segundo mais importante e o segundo orçamento do Estado. O presidente da Assembleia é quem assume o governo na ausência do chefe do Executivo. O prestígio e a importância que ele detém são enormes política, social e financeiramente. Pode fazer muitos favores, desde a intercessão para a conquista de empregos e cargos públicos à interferência no tratamento de saúde de muita gente.

As relações entre os poderes Executivo e Legislativo dão o tom da governabilidade do Estado. É semelhante para a Nação, com relação ao Congresso Nacional – Câmara e Senado da República. Ao lado do Poder Judiciário, esses dois poderes governam as nossas vidas.

Esta nova Assembleia é uma das mais importantes da história do Piauí, assim como o Congresso Nacional por causa das mudanças que a sociedade exige e não mais aceita postergação.

Mas é bom também que se reflita sobre a eleição da Mesa como momento de altas negociações que envolvem cargos e verba pública. É bom que a sociedade piauiense tenha em mente que uma eleição dessas remete para as posições que assumirão os políticos daqui para a frente.

É preciso que tenhamos em mente que nossos representativos assumem posições para as quais nós os credenciamos por intermédio do voto. Eles fiscalizam as ações do governo e criam leis porque nós os escolhemos para tal. Suas atitudes têm o nosso aval.

Não adianta reclamar depois. É só votar.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 02.02.15








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