segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A morte do cabo Nunes

Cabo PM Nunes foi morto sábado
A morte do cabo PM Nunes, ajudante de ordem do governador Wellington Dias (PT), quando deixava o filho de Wellington em uma casa na zona Leste, na sexta-feira à noite, em uma tentativa de assalto, é o comentário central em muitas rodas em Teresina.

Era de se esperar que isso ocorresse. Com as pessoas mais simples e humildes há muito tempo ocorre. O trabalhador comum, o estudante, o pai e a mãe de família vêm enfrentando o problema há décadas.
É difícil você encontrar uma pessoa em Teresina que não foi assaltada. Todos andamos sobressaltados, com medo e pensando fazer justiça com as próprias mãos.

Já alertamos aqui. E até dissemos que no dia em que uma autoridade fosse assaltada o poder público tomaria decisões para diminuir a criminalidade ou, pelo menos, reduzir a impunidade.

Não era isso que queríamos e não é o que queremos. Mas, com a responsabilidade social de que a mídia é investida, avisamos, e não foi apenas uma vez.

Bandidos já invadiram casa de policial. Bandidos já mataram filho de juiz. Bandidos vivem matando os pobres e permanecem soltos a debochar da sociedade. E algumas autoridades, ao que parece, debocham também do cidadão, o cidadão que paga o seu salário.

No sábado, segundo relato de um motorista de táxi, um grupo de jovens, usando linguagem pouco recomendável, referia-se a um dos rapazes suspeitos de matar o cabo Nunes, com deboche em relação à polícia. É comum. Os bandidos, audaciosos, desafiam a própria polícia.

Lamentamos profundamente o assassinato do jovem policial e enviamos a sua família os nossos sentimentos, sentimentos de esperança na justiça e fé em Deus. Sentimos também pelo que passou o jovem filho do governador e toda a sua família.

E diante deste caso e de tantos outros, como comunicadores que somos, reivindicamos não só da justiça, mas dos legisladores tanto a aplicação das leis como a reforma do arcabouço jurídico brasileiro.

É preciso salva a Pátria. É preciso renovar o Legislativo. É preciso renovar a prática política. É preciso renovar a família brasileira. É preciso criar um novo mundo em que os valores morais sejam a mola mestra das nossas condutas.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 09.02.15

Domingos Bezerra Filho















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