Estudo realizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) concluiu que os prejuízos econômicos e sociais causados
pela corrupção ao País pode chegar ao valor de R$ 69 bilhões por ano. Isso há
três anos.
Hoje, segundo divulgou a mídia, o rombo na Petrobras com propinas
e superfaturamento pode chegar a R$ 86,6 bilhões, 77,1% do valor de mercado da
companhia, que despencou de R$ 128,7 bilhões para R$ 114,8 bilhões no final de
janeiro.
Além disso, várias empresas que prestam serviços para a Petrobras
começaram a demitir empregados, trazendo um prejuízo social enorme e perigoso
para as famílias dos trabalhadores.
O site da BBC Brasil divulgou que “além das perdas causadas
pelo atraso e pelos desinvestimentos da petroleira, milhares estão
desempregados, com alguns vivendo de favores alheios ou mesmo passando fome”.
É emblemático o caso de Itaboraí (RJ). Compreenda: “Vista
como novo eldorado do petróleo há sete anos, Itaboraí atraiu investimentos e
viveu um boom imobiliário. Pacata,
com muitos sítios, fazendas e uma economia tímida baseada na indústria da
cerâmica e no cultivo de laranja, a cidade teve aumento de 21,5% da população
entre 2000 e 2013, passando de 185 mil para 225 habitantes, segundo o IBGE”,
informa a BBC Brasil. Com o advento da crise na Petrobras, “todos os pagamento
de aditivos e de renovações de contratos com as empresas citadas na operação
Lava Jato eram interrompidos, o que resultou numa aceleração do ritmo de demissões
na Comerj”.
Até junho do ano passado eram 18 mil operários na obra. Hoje
restariam apenas 6 mil, de acordo com o sindicato da categoria, e 11.400,
segundo a Petrobras. Várias empresas que trabalharam no projeto passam por
dificuldades. Há delas que acumulam dívida superior a R$ 1 bilhão.
Pelo menos 15 das empresas que participam do projeto em
Itaboraí integram a lista das investigadas no escândalo de corrupção.
Algumas das empresas que demitiram empregados não pagaram as
verbas rescisórias e mudaram até de nome, como é o caso do grupo Alusa, que
mudou o nome da empresa para Alumini.
Por este e milhares de outros motivos, a corrupção é
imperdoável.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 20.12.15
Nenhum comentário:
Postar um comentário