quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Prédios abandonados atraem usuários de drogas

Todos nós sabemos, embora não tenhamos condição de avaliar o tamanho do prejuízo financeiro, que as obras e casas abandonadas geram outros problemas muitas vezes crônicos cujas soluções merecem urgência.

Quantas casas e obras abandonadas pelo poder público estão aí a desafiar a inteligência humana e a capacidade de administração dos nossos gestores. Abandonam-se esses locais perante as primeiras dificuldades. Não se dá nenhuma explicação, nenhuma justificativa, nenhuma nota pública.

Ou seja, o que é do público, do povo, das pessoas, de todo mundo, porque construído com verba pública, é jogado no lixo, na vala comum do desperdício financeiro.

Vamos tomar como exemplo o CSU (Centro Social Urbano) do Parque Piauí, construído na década de 70 do século passado para ser um espaço da comunidade e que está sendo usado como uma espécie de cracolândia, conforme noticiou o portal Cidade Verde.

Hoje, um grupo de políticos, autoridades do governo do Estado e líderes comunitários visitarão o local para ver o que fazer. Como recuperar a casa e oferecer-lhe destinação positiva?

Em levantamento feito no ano passado e publicado pelo portal 180 Gaus, o prejuízo acumulado de 2003 a 2010, só com as obras inacabadas no estado do Piauí, somavam R$ 250 milhões.

É preciso que o governo do Estado faça um levantamento das obras inacabadas e do que elas poderão absorver em recursos, em sua conclusão. É preciso que o governo do Estado desenvolva trabalho de pesquisa sobre os imóveis que estão subutilizados ou abandonados com o objetivo de buscar sua recuperação.

A prefeitura deve fazer o mesmo.

Não temos, neste exato momento, a lista das obras inacabadas nem dos prédios subutilizados ou abandonados pelo poder público nas esferas federal, estadual ou municipal. Mas temos informação de que elas existem e causam enorme prejuízo financeiro, além do social, ao atrair usuários de drogas para sua ocupação.

A recuperação ou conclusão dessas obras e prédios não provocaria nenhum prejuízo financeiro ao Estado ou ao Município de Teresina. Pelo contrário, sua conclusão ou recuperação e uso devido trará resultados positivos.

É preciso mais zelo e cuidado com a coisa pública, que é do povo, que é de todos nós.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 05.02.15




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